quinta-feira, 5 de julho de 2007

Sexo, Repressão e Supressão

"Lewis destacava, com perspicácia, que precisamos entender o que Freud quer dizer quando se refere ao excesso de repressão, como gerador de sintomas neuróticos. Não devemos, escreve Lewis, confundir o termo "repressão" com "supressão" - como tantos em nossa cultura tendem a fazer. A palavra "repressão" é um termo técnivo que se refere a um processo inconsciente que, quando excessivo, pode ocasionar sintomas como esses. A repressão excessiva, frisa Lewis com precisão, usualmente ocorre cedo na vida, e quando ela ocorre, não temos consciência desse acontecimento: "A sexualidade reprimida não parece sexualidade nenhuma para o paciente". Já a supressão, por outro lado, é o controle consciente dos nossos impulsos. Ao confundir os dois, muitos [integrantes] da nossa cultura concluem que qualquer tipo de controle de impulsos sexuais faça mal à saúde. Lewis argumenta que isso é bobagem. Na realidade a falta de controle é que faz mal à saúde. Lewis escreve: "a entrega a todos os nossos desejos obviamente leva à... doença, à inveja, à mentira, à dissimulação e a tudo que é contrário à saúde... Qualquer felicidade, mesmo desse mundo, exige bastante moderação..."
Na nossa cultura, a mídia contribuiu para a confusão entre a repressão e a supressão. "De imagem em imagem, de filme em filme, de novela em novela", nota Lewis, "passamos a associar a idéia de indulgência sexual às noções de saúde, normalidade, juventude, franqueza e bom humor". Ele alega que essa associação gera uma falsa impressão e é uma mentira. "Como todas as mentiras poderosas", explica Lewis, "ela se baseia na verdade... de que o sexo em si mesmo... seja 'normal' e 'saudável'... A mentira consiste na sugestão de que qualquer ato sexual para o qual você possa ser tentado no momento também seja saudável e normal"."

Deus em Questão: C.S.Lewis e Freud debatem Deus, Sexo, Amor e o Sentido da Vida - Armand Nicholi. pg 149.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Eu li Deus em Questão - Armand Nicholi...

...E gostei!
Deus em Questão: C.S.Lewis e Freud debatem Deus, Sexo, Amor e o Sentido da Vida
Dr. Armand Nicholi


Excelente livro, vencedor do Prêmio Areté 2006 na categoria apologética. A visão cética de Freud é posta lado-a-lado com a visão cristã de C.S.Lewis. Vale a pena ler, essencial para os que se interessam por psicanálise e apologética.

Sinopse:
Grande parte dos maiores pensadores já se confrontou com a questão crucial de acreditar ou não em Deus. O século 20 produziu dois homens que, de forma brilhante, cada qual à sua maneira, levantaram novos argumentos – um, a favor e o outro, contra – sobre essa questão.

Em Deus em Questão, os argumentos de C. S. Lewis e Sigmund Freud são postos lado a lado. Ambos refletiram cuidadosamente sobre os pontos fracos e as alternativas aos seus posicionamentos. Ambos consideraram o problema da dor e do sofrimento, a natureza do amor e do sexo, e o sentido último da vida e da morte. Depois de “assistirmos” a todo esse debate, podemos tomar os nossos lugares do lado que quisermos, num dos confrontos mais profundos da história.


“Esta elegante e convincente comparação entre a visão de mundo de Freud e a de C. S. Lewis é uma oportunidade de reflexão dialógica sobre as mais importantes questões que a humanidade sempre se fez: Deus existe? Ele se importa comigo? Este livro destina-se a todos que buscam, sinceramente, respostas sobre a verdade, o sentido da vida e a existência de Deus.”
Francis Collins, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas em Genoma Humano, EUA

“Armand Nicholi acertou na mosca com essa história irresistível e tão bem contada sobre as duas âncoras – e o dilema – do pensamento moderno. A partir da vida desses dois verdadeiros gênios, podemos identificar o nosso próprio desejo e busca.”
Ken Burns, diretor do premiado documentário The Civil War e do histórico Jazz, megassérie apresentada no Brasil pelo canal GNT

“Alguns livros são equilibrados, acadêmicos e objetivos. Outros são desafiadores e comoventes e prendem a nossa atenção. Quando um livro consegue reunir tudo isso, torna-se simplesmente inesquecível. Deus em Questão é assim. É tão empolgante quanto um romance, com uma diferença: nós escrevemos o final.”
Peter Kreeft, PhD, professor de filosofia do Boston College, autor de “Buscar Sentido no Sofrimento” (Edições Loyola) e “O Diálogo” (Mundo Cristão)

“Assisti a algumas das aulas impressionantemente concorridas de Armand Nicholi em Harvard, que foram uma das experiências mais gratificantes da minha vida. Depois de vinte e cinco anos de ensino e pesquisa sobre Freud e Lewis, o autor coloca o resultado à disposição de todos. Este livro mudará a sua vida.”
Dr. Timothy Johnson, editor da área médica do ABC News

“Deus em Questão é profundo e fascinante. Quem procura o verdadeiro significado da vida precisa ler este maravilhoso livro.”
Ralph Larson, presidente e diretor executivo da Johnson & Johnson

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Obediência - a visão do líder

Jesus lavando os pés dos discipulos.

Parte 1 - O Mandamento
Em diversas passagens a Bíblia é clara em relação ao chamado à obediência, aos nossos pais, ao governo, às autoridades eclesiásticas e todas as demais autoridades. Pois essas são instituídas pelo próprio Deus (Rm 13.1-2, 1Pe 2.13-14, Tt 3.1, Jd 9, Hb 13.17). Muitos tentam justificar sua desobediência com o autoritarismo de seus pais ou da corrupção do governo. Porém a Bíblia não nos dá essa opção, ainda mais se levarmos em conta o contexto histórico em que os textos que exigem obediência foram escritos. Nos tempos neotestamentários, o cristianismo não era essa moleza que é hoje, não havia pastores prometendo prosperidade financeira, física e emocional. A mensagem era “aceite a Cristo e esteja preparado para sofrer”, o próprio Jesus reservou duas bem-aventuranças aos perseguidos (Mt 5.10-11), e uma rápida lida nas páginas de Atos dos Apóstolos nos mostram essa assustadora realidade. Nero, imperador romano da época, colocou nos cristãos a culpa pelo incêndio em Roma, que foi sua responsabilidade. D.James Kennedy diz sobre Nero em seu livro “E Se Jesus não tivesse nascido?”:


“Era uma época cruel, caracterizada por tiranias e despotismo. Tome o imperador Nero como exemplo. Ele havia recebido o que havia de melhor na educação filosófica pagã e, ainda assim, degenerou para tornar-se um dos piores homens que a mente poderia conceber. Muitas vezes freqüentava bordéis disfarçado. Praticava, como diz um historiador, “indecências em garotos [...] batendo, ferindo, assassinando”. Ele teve uma amante com a qual queria ter um romance, mas sua esposa se opôs. O que fazer em um caso como esse? Bem, isso deveria ser óbvio para toda e qualquer pessoa: você simplesmente mata sua esposa – e foi o que ele fez. Mas sua mãe se opôs. Portanto, matou sua mãe. Mas ele não era totalmente desprovido de sentimentos. Na verdade, quando olhou para o corpo de sua mãe no funeral, disse “Eu não sabia que tinha uma mãe tão bonita”.

A seguir, casou-se com sua amante. Mas um dia, esta cometeu o triste erro de aborrecê-lo por ter chegado tarde das corridas. Estava nos últimos meses de gravidez e Nero a chutou no estômago, matando-a com a criança. Lembre-se de que este era o governante do mundo naquela época! Foi realmente um tempo cruel.”


Foram nessas condições que os apóstolos viveram e pregaram a mensagem do Evangelho. Dentre eles, somente João morreu de morte natural. Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, Tiago apedrejado e Tomé transpassado por uma lança. Não foi a toa que Tertuliano, um dos pais da Igreja, disse “o sangue dos mártires é a semente da Igreja”. Foi nesse período de perseguição intensa que a Igreja mais apresentou saúde e crescimento. E ainda assim, debaixo de toda essa perseguição os apóstolos escreveram nos exortando a obedecer! Portanto, não podemos usar como desculpa para desobediência a corrupção do governo, ou o autoritarismo de nossos pais terrenos. A ordem é obedeça! Obedecer não somente ao líder bom e cordato, mas também ao perverso (1Pe 2.18). Jesus, filho de Deus, obedecia aos seus pais (Lc 2.51). Se alguém tinha direito de desobedecer, esse alguém era Ele. Mas ele não o fez e, portanto não podemos ter a pretensão de achar que somos bons demais para nos submeter, quem pensa dessa forma é porque é inseguro demais para se rebaixar. Obediência é a maior exigência que Deus faz ao Homem. Por ser Deus invisível, as pessoas o recriam a sua própria imagem e semelhança, moldam um ‘deus’ confortável a elas, “eu me submeterei a Deus contanto que concorde com Ele”, isso não é submissão em lugar algum, nós devemos nos submeter a Deus quer concordemos quer não, devemos confiar que Ele, por ser o criador da vida, sabe exatamente o que é melhor para nós e como viver a vida da melhor forma. Muitas vezes obedeceremos sem saber o porquê, a exemplo dos hebreus que seguiram muitas leis que não faziam sentido para eles, mas hoje a ciência revela o porquê de muitas delas. Mas o propósito desse artigo não é ser mais um peso nas costas dos liderados, as exigências de líderes autoritários já são pesadas o bastante. Portanto passaremos ao nosso segundo ponto.


Parte 2 - O Lado do líder
Paul Tournier, em Culpa e Graça diz:


"Filhos, obedecei a vossos pais", escreve o apóstolo Paulo (Ef 6:1). Os pais devotos evocam este versículo para exigirem de seus filhos uma submissão servil, mesmo depois de terem deixado de ser crianças. Mas estes pais dão pouca atenção ao que o apóstolo acrescenta logo a seguir: "Pais, não provoqueis vossos filhos à ira" (Ef 6:4) nem ao que ele acrescente ainda em outra passagem: "... para que não fiquem desanimados" (Cl 3:21).”


Lideres em geral, pais e pastores em especial, exigem muito de seus liderados. Mas esquecem da sua responsabilidade em conquistar a obediência de seus liderados, infelizmente no mundo em que vivemos, as pessoas se preocupam muito mais com seus direitos do que com suas responsabilidades. Não podemos esquecer que nossas atitudes como lideres podem gerar rebeldia e insubmissão nos nossos liderados. Opressão e autoritarismo geram rebeldia. Nas Igrejas, em especial nas Igrejas de visão celular e G12, muito é falado sobre obediência e autoridade espiritual. Mas sempre direcionado ao lado do liderado, nunca do líder. Onde entra a responsabilidade do líder? Não adianta gastarmos o precioso tempo de nossos cultos falando sobre obediência, dizendo que o discípulo tem que obedecer, tem que ser submisso, que rebeldia é pecado de feitiçaria (1Sm 15.22-23) se nós não ensinarmos o líder a conquistar a obediência e autoridade sobre seus liderados, ou discípulos. Margareth Thatcher disse:Estar no poder é como ser uma dama, se você tiver que lembrar as pessoas que você é, você não é”. O bom líder não precisa lembrar que é líder, seus discípulos agem devido a sua autoridade sobre eles, autoridade essa que não pode ser imposta, mas somente conquistada. Muitas vezes acreditamos que por possuirmos um titulo de líder, todos os liderados são obrigados a obedecer, enquanto é o líder que faz a posição e não a posição que faz o líder, em outras palavras, o bom líder independe de um titulo. O próprio Jesus não nos coage a agir pela força, mas pelo amor e serviço e nos convida a fazer o mesmo (Mt 20.26-28, Mt 23.11).


Parte 3 - O que gera rebeldia?
Líder, quando você se irar com a rebeldia do seu discípulo, antes de descarregar sua ira nele, se pergunte quanto você tem servido por ele, quanto você tem se oferecido a ele, quanto você tem gastado em ouvi-lo, em amá-lo, em se relacionar com ele, em suprir as necessidades dele. Sonde a sua vida e reflita se a rebeldia do seu discípulo, na verdade não é reflexo da sua rebeldia com o seu líder. Às vezes o discípulo está apenas reproduzindo o que viu em você. Lembre-se que nem todos podem ser líderes, como muitos gostam de ensinar, mas a liderança é privilégio daqueles disposto a servir, se sacrificar, amar, e abrir mão do ego, esses sim, podem liderar. Muitas vezes nós, lideres, só nos preocupamos com nossos direitos, e não refletimos nas terríveis responsabilidades de sermos lideres. Se a gente só pregar sobre obediência, podemos acabar transformando a Igreja em um rebanho de ovelhas cegas e lideres autoritários. Por isso se faz necessário, que o líder olhe mais para si mesmo quando vê rebeldia em seus liderados. Rebeldia é muitas vezes um grito por liberdade, liberdade essa castrada por leis, coerção e repreensão de líderes que não sabem liderar. Sabe porque você precisa pregar repetidas vezes sobre obediência para seus discípulos? Porque eles não te vêem como um líder, você não tem autoridade sobre eles. Não estou dizendo que não devemos pregar e enfatizar a obediência. Devemos sim. O principio precisa ser passado. Mas se nós lideres pararmos um pouco de tentar mudar nossos discípulos, e lembrarmos de mudar a nós mesmos, é certo que conquistaremos autoridade, respeito e obediência sem nem precisar abrir a boca.


Parte 4 - Quando desobedecer?
Sempre que a ordem da liderança entra em conflito com a autoridade de Deus, prevalece a segunda. “Antes importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29). Por isso se faz necessário o profundo conhecimento teológico para não cairmos nas garras de pastores mal intencionados, ou líderes que pecam não por malicia, mas por ignorância. O que é comum devido ao espírito antiintelectualista que assombra nossas Igrejas nos dias de hoje. Um exemplo Bíblico de desobediência é o caso das parteiras em Êxodo 1.15-22, o rei do Egito ordenou que elas matassem todo recém nascido do sexo masculino, mas por temor a Deus (Ex 1.17) elas não obedeceram à ordem do rei e foram abençoadas por Deus por tal atitude (Ex 1.20-21). Somente nesse caso nos é permitido desobedecer, não nos é permitido julgarmos o coração de um líder, não sabemos qual líder tem o coração de Davi e qual tem o coração de Saul, as aparências enganam na maioria das vezes. Deixemos que o próprio Deus cuide dos “Sauls” que existem por ai.


Parte 5 - Porque obedecer?
Obedecer não é fácil, é duro, por sermos uma raça decaída e contaminada pelo pecado inerente a natureza humana, o orgulho e a ambição falam muito alto e nos impedem de nos submetermos. Fácil não é, mas é necessário. Devemos obedecer porque Deus assim ordenou. As autoridades são pessoas que tem muito mais experiência que nós e geralmente já passaram pelo que estamos passando e podem nos aconselhar melhor. Quem nunca desobedeceu aos pais e quebrou a cara? É necessário que vivamos numa hierarquia, alguém tem que dar a última palavra, caso contrário, viveríamos em um caos. Cada um faria o que quer e o mundo não subsistiria nem sequer um dia.


Lembrem-se lideres:

“Não é dado ao líder o direito de não dar bons exemplos”
Luiz Marins, antropólogo empresarial.


Vitor Pereira 15/03/2007

Recursos recomendados:

YANCEY, Philip. STAFFORD, Tim. Desventuras da Vida Cristã. São Paulo. Mundo Cristão. 2005.

EDWARDS, Gene. Perfil de Três Reis. São Paulo. Vida. 1987.



Comentem!!


domingo, 1 de julho de 2007

é 1000!

Dia 30 de Junho de 2007 às 2:28:39 pm é a data do milésimo acesso ao blog! Em menos de 2 meses já superamos 1000 acessos, obrigado a todos os visitantes. E espero que esse blog possa continuar contribuindo com o despertar de milhares de bereanos na Igreja Cristã do Brasil!

sexta-feira, 29 de junho de 2007

O Problema do Sofrimento - C.S.Lewis

"Podemos, talvez, conceber um mundo em que Deus tenha corrigido os resultados deste abuso do livre arbítrio pelas suas criaturas a cada momento: de maneira que uma viga de madeira se tornasse macia como grama se usada como arma, e o ar se recusasse a obedecer- me se tentasse utilizá-lo em ondas sonoras que transmitissem mentiras ou insultos. Num mundo assim, porém, os atos errados seriam impossíveis e, portanto, ficaria anulado o livre arbítrio; se o princípio fosse levado à sua conclusão lógica, os maus pensamentos tornar-se- iam também impossíveis, desde que a massa cerebral que usamos para pensar se recusaria a fazê-lo quando tentássemos estruturá-la. Toda matéria nas proximidades de um homem perverso estaria sujeita a alterações imprevisíveis. A idéia de que Deus pode modificar, e realmente modifica, ocasio nalmente, o comportamento da matéria produzindo o que chamamos de milagres, faz parte da fé cristã; mas a própria concepção de um mundo comum e, portanto estável exige que tais ocasiões sejam extremamente raras.Num jogo de xadrez é possível fazer certas concessões arbitrárias ao seu oponente, que se colocam em relação às regras gerais do jogo como os milagres para as leis da natureza. Você pode privar-se de um castelo, ou permitir que o adversário se arrependa de um movimento já feito, anulando-o. Mas se você aceitasse tudo que ele pudesse desejar a qualquer momento — se todos os movimentos dele fossem revogáveis e se todas as suas peças desaparecessem toda vez que a posição delas no tabuleiro o desagradasse — não haveria então na realidade um jogo entre vocês. O mesmo acontece com a vida das almas num mundo: as leis fixas, as conseqüências desenvolvendo-se através da necessidade causal, e toda a ordem natural, são tanto limites dentro dos quais sua vida comum fica confinada como também a condição única sob a qual essa vida pode existir. Tente excluir a possibilidade do sofrimento que a ordem da natureza e a existência do livre-arbítrio envolvem, e descobrirá que excluiu a própria vida."

Trecho do livro "O Problema do Sofrimento" de C.S.Lewis

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Confissão


Nunca lhe dei o devido valor.
Sempre abraço os mesmos pecados.
Piso nos cravos, o faço sentir dor.
Minha alma tem a escuridão como cor.
Tenha misericórdia, eu clamo, salva-me Senhor!

Vitor Pereira

terça-feira, 26 de junho de 2007

Eu li "Introd. ao Aconselhamento Bíblico" de John MacArthur...

...e gostei!
Introdução ao Aconselhamento Bíblico
John MacArthur & Wayne Mack


Um grande livro escrito pelo renomado John MacArthur, é voltado a psicólogos, psiquiatras, pastores, conselheiros e qualquer pessoa que tenha interesse por aconselhamento bíblico. O livro é muito bom, e enfatiza o papel das Escrituras na santificação pessoal e cura da alma, tarefas que infelizmente hoje nas Igrejas tem sido atribuidas exclusivamente à psicólogos, que muitas vezes tem uma cosmovisão anti-bíblica, e portanto, ineficaz. O livro combate certas doutrinas psicológicas contrárias ao cristianismo e que ao mesmo tempo superabundam nas Igrejas evangélicas como a ênfase na auto-estima, e a atribuição da responsabilidade pelos nossos atos às circunstâncias passadas de nossas vidas, doenças emocionais e não ao desvio de caráter que precisa de correção. Porém, creio que o livro comete certos exageros no ataque à psicologia, menosprezando a psicologia como uma "religião" inútil e sem menor embasamento cientifíco, o que não é bem assim. Inclusive, chegam a dizer que a única cura de vicios é o arrependimento e mudança de atitude, negando outros fatores que podem influenciar nos problemas emocionais. É útil para equilibrar os milhares de psicólogos "cristãos" que se deixam desviar por qualquer vento de doutrina. Mas, em certas passagens merecem um pouco mais de reflexão cuidadosa, mas sem dúvidas deve ser lido por qualquer um que trabalhe com terapia ou aconselhamento. Duas passagens que mereces serem citadas são:

"A idéia [acerca da auto-estima] pode desanimar qualquer um que tiver idade suficiente para lembrar da época em que o adjetivo "cristão" era, via de regra, seguido de "humildade". Mas as igrejas norte-americanas, aquelas que no passado não abriram mão de chamar seus congregados de "miseráveis", têm caminhado na direção de uma visão mais agradável da natureza humana... disciplinar pecadores é considerado contraproducente: isso os faz sentir mal acerca de si mesmos."

"Será que Deus realmente deseja que todas as pessoas sintam-se bem acerca de si mesmas? Ou será que Ele primeiro convoca os pecadores a reconhecerem seu estado próprio de extrema incapacidade?"

 
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