quinta-feira, 15 de março de 2012

O Jesus dos Evangelhos: Mito ou Realidade? - Resenha do Debate entre Craig e Crossan


“Em 1994, a Chicago Tribune Magazine publicou um artigo sobre os pontos de vista do dr. Crossan intitulado “Gospel Truth” [“A Verdade do Evangelho”] com o subtítulo “Will Christians accept a revolucionary portrait of Jesus that is based on scholarship, not on faith?” [“Os cristãos aceitarão um retrato revolucionário de Jesus que se baseie na erudição, e não na fé?”]” foi com essas palavras que William L. Craig iniciou seu pronunciamento final no debate com John Dominic Crossan.

As palavras do dr. Craig expressam o espírito de nossa época, tanto lá quanto aqui no Brasil. Faça uma análise da história das capas das revistas Superinteressante, Galileu, História Viva ou quaisquer outras que tratem sobre ciência, religião, história, etc. A sua conclusão não poderá ser outra a não ser: “O Cristianismo é um engodo”. A tendência às visões progressistas, liberais, modernas, ou seja, a tendência a toda e qualquer visão antitradicional é incontestável.

Você nunca – jamais! – verá na capa das referidas revistas ainda que apenas uma pequena nota que corrobore sequer o ponto mais insignificante da tradição cristã. Isso, obviamente, gera no inconsciente coletivo da sociedade a petulante crença de que o Cristianismo foi testado... e fracassou. A história cristã seria tão somente de densas trevas. Suas crenças, então, um exemplo de ingenuidade pré-moderna (pesquise na Wikipédia sobre a “Teoria do Agendamento”).

Este livro prova o embuste que é o subtítulo do artigo publicado na Chicago Tribune Magazine. Que nos perdoem os editores de tal revista, bem como das revistas brasileiras de ciência, história, filosofia, etc, mas sinto lhes informar que, talvez, a verdade não seja tão evidente quanto pensam. William L. Craig apresenta uma defesa sólida da historicidade da ressurreição de Jesus, tão sólida que o dr. Crossan sequer ousou refutá-la – enrolou, enrolou, mas os pontos levantados pelo dr. Craig foram suficientes para provar que, se alguém aqui tem fé dogmática em algo, esse alguém é – pasmem! – o dr. John Dominic Crossan, que, diga-se de passagem, já esteve aqui em nosso país, falou na UFRJ e tem uma legião de fãs nas academias de história e teologia brasileiras.

Por que, então, nas academias de história e teologia não ouvimos nem falar das visões de William L. Crag, Craig Blomberg, Gary Habermas e, pior, Wolfhart Pannenberg e N.T. Wright sobre a ressurreição de Cristo? Ora, porque o magistério encontram-se tão imerso e cego pelos seus dogmas seculares (dogmas seculares? Sim, senhor! Veja aqui: http://ultimato.com.br/sites/guilhermedecarvalho/2012/02/14/todo-mundo-e-crente/  ) que a priori excluem qualquer possibilidade de seus pressupostos estarem equivocados. Pior, para eles a menor aproximação ao que tacham pejorativamente de “fundamentalismo” é vexante. Deste modo, associar-se à posição “fundamentalista” (há-há-há) da crença na literalidade e historicidade da ressurreição de Cristo é algo que não se pode fazer.

Mas o que fazer, então, se tudo indica que a posição do dr. Crossan é um engodo escravo de seus pressupostos dogmáticos e arbitrários, a saber, o naturalismo? Desmascará-la como o engodo que é, mostrando seu falso caráter acadêmico e expondo seu caráter puramente ideológico-dogmático. Resta saber, por fim, estará a academia pronta para aceitar um retrato revolucionário de Jesus que se baseie em fatos, e não em ideologias seculares? Na razão, e não em dogmas? Na história e não em preconceitos “progressistas”? Estará a academia pronta para aceitar um retrato revolucionário de Jesus, que é baseado na erudição e não na fé? Apresente este livro ao seu professor e verá quem é o fundamentalista da história.


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