Eu cresci e mudei desde minha conversão há cinco anos atrás. Não sou velho nem pretendo parecer sê-lo. Mas a verdade é que dos 16 aos 21 muita coisa muda, diferente de 46 a 51 (penso eu!). Como é de se esperar, nessa fase nos tornamos adultos (com tristeza). E nós abandonamos as coisas de meninos. Tudo muda, e nosso relacionamento com a Igreja também. Nós mudamos, logo, o que esperamos de uma igreja também muda, portanto não podemos exigir que o grupo ao qual pertencíamos na igreja também mude para agradar a nossa velhice. Essa fase de transição é de grande importância para nossa saúde espiritual. Se nós mudamos, cabe a nós, não ao grupo ao qual pertencíamos, mudar. Eu escrevo isso porque atravesso essa fase. No inicio, o grupo jovem do qual eu fazia parte na igreja era maravilhoso para mim. Pura alegria e graça. Quando eu cresci, aquele grupo parou de me satisfazer. Inevitavelmente, por não mais me sentir parte de uma comunidade, eu não tive mais a alegria de antes com a igreja, é claro que existem outros fatores nesse processo de frustração. Mas esse, penso, é o principal. Mas chorar o leite derramado não resolve nada. Durante esse tempo de desilusão eu me preocupei mais em criticar e me revoltar com a igreja, tentando ter a mesma igreja de antes, sendo que quem (mais) mudou foi eu, logo, cabe a mim me recolocar e parar de tentar mudar a igreja. Eu escrevo isso sentado em um banco de igreja frustrado com o louvor agitado que já não me atrai mais, mas agora, pelo menos passo a me alegrar com a alegria dos outros jovens, os quais louvam a Deus de todo o coração de uma forma diferente da minha. Como nossas igrejas farão a transição dos jovens à fase adulta? Essa é uma questão que devemos refletir, para a saúde das almas de nossas igrejas.
5 comentários:
Olá, Vitor. Já passei por experiências semelhantes. Vou te mostrar algo q me ajudou muito a compreender sobre a vida cristã. É um pouco longo,mas vc é uma pessoa q gosta de ler e pensar...
É fácil manter comunhão com Deus
quando as coisas vão bem - quando
Ele provê comida, amigos, família,
saúde e situações felizes. Mas as
circunstâncias não são sempre agradáveis. E como então você irá adorar a Deus? O que você faz quando Deus parece estar a milhões
de quilômetros?
A mais profunda adoração é louvar a
Deus a despeito da dor, dar graças durante a provação, manter a confiança nEle em meio à tentação, render-se a Ele durante um sofrimento
e amá-Lo quando Ele parece distante.
Rick Warren no livro “Uma Vida
com Propósito, pág 96”, descreve algumas situações que podem ocorrer conosco no dia-a-dia: Certo dia você acorda e percebe que todas as suas sensações de comunhão
espiritual se foram, você ora, mas nada acontece. Você repreende o diabo, mas isso não muda nada. Você faz exercícios espirituais[...]
seus amigos oram por você[...] você confessa cada pecado que consegue imaginar, e então sai por aí pedindo perdão a todos que você
conhece. Você jejua[...] e nada ainda. Você começa a se perguntar quanto tempo essa depressão espiritual vai durar, dias, semanas, meses, será que ela vai acabar?[...] você tem a impressão que suas orações simplesmente batem
no teto e voltam. Em absoluto desespero você grita: Qual é o meu problema?
A verdade é que não há nada de errado com você! Trata-se de uma parte normal da provação e amadurecimento de sua amizade
com Deus. Todo cristão passa por isso ao menos uma vez, e normalmente várias vezes. É
doloroso e perturbador, mas absolutamente vital para o desenvolvimento de sua fé.
Nos dias de hoje o erro mais comum
que os cristãos cometem ao adorar é buscar uma experiência em vez de buscar a Deus. Eles buscam sensações e se elas ocorrerem,
concluem que foram bem sucedidos em adorar.
Errado! Deus em geral afasta nossas sensações para não dependermos delas. Buscar uma sensação - mesmo uma sensação de proximidade com Cristo - não é adoração.
Quando você é um cristão novo, Deus
lhe dá muitas emoções comprobatórias e freqüentemente atende as orações mais imaturas
e egoístas, tudo para que você saiba que Ele existe, mas à medida que você crescer na fé, Ele irá emancipá-lo dessa dependência.
A onipresença de Deus e a manifestação de Sua presença são coisas diferentes.
Uma é um fato, a outra é freqüentemente uma sensação. Deus está sempre presente, mesmo que você não perceba, e Sua presença
é muito profunda para ser medida por uma mera emoção.
Sim, Ele quer que você sinta a Sua presença, porém Ele está mais interessado em que você confie, e não tanto que O sinta. Fé, e não sentimentos agradam a Deus.
As situações que mais põem a prova sua fé são aquelas em que a vida desanda e Deus não pode ser achado. Isso aconteceu com Jó.
Em um único dia, ele perdeu todos: família, seus negócios, sua saúde, e tudo o que possuía.
E o que é pior ao longo de 37 capítulos, Deus não disse nada! Como louvar, adorar ou mesmo manter uma comunhão espiritual com Deus, quando você não compreende o
que está acontecendo em sua vida e Deus está em silêncio? Como manter os olhos em Jesus quando eles estão cheios de lágrimas? Você faz o que fez Jó? Então se prostou, rosto em
terra, em adoração, e disse: “saí nu do ventre de minha mãe e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o tomou; louvado seja o nome do
Senhor”. Jó 1:20 e 21
Há muito tempo, tenho ouvido de muitos líderes de igrejas e grupos em nosso campo, a seguinte inquietação: “Como poderemos
fazer com que os nossos irmãos pratiquem a comunhão diária com Deus? Que separem tempo para isto? Que sejam trabalhados para
alcançarem este objetivo?”
Fala-se muito na necessidade de ter comunhão com Deus, que temos que ter tempo para Ele, e pouco no como alcançar esta tão importante tarefa
do cristão. Na verdade precisamos ensinar nossos irmãos a como realizar esta comunhão, explicando,
e praticando com eles, diariamente.
Um plano educativo que venha criar um hábito em todos e que possamos demonstrar como o cristão é feliz em deixar Deus programar o seu dia, “buscando em primeiro lugar a
Sua Justiça” na prática, e não teoricamente.
Jesus descreve a necessidade de um relacionamento diário com Ele em S. João 6:35:
“Eu sou o pão da vida - o pão vivo que desceu do Céu. Aquele que vem a Mim nunca terá fome e o que crê em Mim jamais terá sede. Se alguém comer a Minha carne e beber o Meu sangue, viverá para sempre, mas se não fizer, não terá em si nenhuma vida.”
Um abraço.
André Deodato.
Texto extraído da leitura Devocional para a primeira hora do dia.
Muito bom André!
Muito edificante seu comentário, obrigado.
Um Abraço!
Salve Vitor!
Entendo você, aliás, você está vivendo uma citação bíblica!
Vitor, lembro-me pelo seu texto de Paulo em sua epístola aos Coríntios:
"Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o Amor"
Isso nos mostra Vitor, que o amadurecimento espiritual, se dá como o acúmulo de experiência em qualquer outra área de nossas vidas, ou seja, sempre na escala individual!
É isso que você está vivenciando meu amigo, mas a comunhão na igreja, tem a sua importância justamente no seu conceito mais comum: A comunhão!
Gostaria, de todo o coração, que você lesse esse texto que vou linkar para você!
Sei que trabalha, mas é um texto edificante:
http://br.geocities.com/deusexiste/churchworship.html
Provavelmente você não vai se arrepender!
Sinceramente em Cristo:
Marcus Vinicius Matias de Arruda.
Marcus, gostei muito desse pequeno texto. Talvez eu poste aqui no blog.
Quanto a nós, prossigamos para o alvo, o caminho é longo e não podemos desistir. Acredito muito no poder da leitura, não é a toda que criei esse blog, cabe a nós divulgar a todos os crentes ao nosso redor textos como esses, eu acredito que se fizermos isso as coisas vão começar a mudar, afinal, contra a Verdade ninguém pode.
Vitor
Vítor!
Há transições na vida q não são para serem experenciadas sem "rupturas","dores" e "perdas".
"ORA, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei". Gn 12:1
Um abraço!!
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