quarta-feira, 7 de março de 2012

A Esquerda e o Prenúncio de um Embate com os Evangélicos

A esquerda tem se preparado para um embate com os evangélicos. O Ministro Gilberto Carvalho (PT) já alertou quanto à "ameaça" evangélica. Agora, em certo blog, deparo-me com um texto onde a rivalidade com os evangélicos é mais uma vez incitada. Segue o post abaixo com meus comentários em azul:

 


Ultimate Fighting Championship: Marx vs. Cristo
"As massas de homens que nunca são abandonadas pelos sentimentos religiosos
então nada mais vêem senão o desvio das crenças estabelecidas.
O institnto de outra vida as conduz sem dificuldades
ao pé dos altares e entrega seus corações aos preceitos
e às consolações da fé."
Alexis de Tocqueville, "A Democracia na América" (1830), p. 220. 
No Brasil, um novo confronto, na forma como dado e cada vez mais evidente e violento, será o mais inútil de todos: o do esclarecimento político contra o obscurantismo religioso, principalmente o evangélico, pentecostal ou, mais precisamente, o neopentecostal. Lamento informar, mas na briga entre os dois barbudos – Marx e Cristo – fatalmente perderemos: o Nazareno triunfa. Por uma razão muito simples, as igrejas são o maior e mais eficiente espaço brasileiro de socialização e de simulação democrática. Nenhum partido político, nenhum governo, nenhum sindicato, nenhuma ONG e nenhuma associação de classe ou defesa das minorias tem competência e habilidade para reproduzir o modelo vitorioso de participação popular que se instalou em cada uma das dezenas de milhares de pequenas igrejas evangélicas, pentencostais e neopentecostais no Brasil. Eles ganharão qualquer disputa: são competentes, diferentemente de nós.
Vemos já no primeiro parágrafo aquilo que eu tenho dito reiteradas vezes sobre as perniciosas estratégias da esquerda: a desqualificação do adversário. Atacam-se não os argumentos dos adversários, o que deveria ser o caminho correto; antes, ataca-se sua índole, atribui-se ao adversário uma emoção (machismo, homofobia, intolerância, etc.) ou uma atitude (conservadorismo, reacionarismo ou, como no caso, obscurantismo). Thomas Sowell, em Os Intelectuais e a Sociedade, disse isso muito bem:
“Uma das violações mais comuns dos padrões intelectuais pelos próprios intelectuais é atribuir uma emoção (racismo, machismo, homofobia, xenofobia, etc.) àqueles que detêm pontos de vista diferentes, em vez de responder aos seus argumentos”.
É uma estratégia que tem um impacto tremendo na esfera pública, afinal, qualquer um mais experiente na arena dos debates públicos sabe que, infelizmente, não é com argumentos que se vencem tais debates, há artifícios outros muito mais poderosos, ainda que falaciosos. As massas não se importam com argumentos, querem discursos emotivos, revolucionários. A esquerda sabe disso e usa muito bem esses artifícios.
No final, o autor ainda afirma que os evangélicos ganharão qualquer disputa. Isso é patentemente falso. Basta observarmos as últimas decisões do Supremo Tribunal Federal sobre questões muito caras aos evangélicos (e católicos), tais como a união civil homossexual e a marcha da maconha. A opinião evangélica perdeu em ambas. E, ouso dizer, perderá também a próxima: a legalização do aborto. Os evangélicos são, na maior parte das vezes, massa de manobra, basta vermos como a Dilma Rousseff conquistou  os evangélicos com um “acordo” pré-eleitoral em que  garantiu que não defenderia ações pró-aborto. Tudo tem sido desmentido na prática, culminando com a escolha de Eleonora Menicucci, uma militante pró-aborto, como Ministra da Secretaria de Política para as Mulheres. Aguardemos...
Muitos se assustam com o poder que os evangélicos alcançaram: a posse do senador Marcello Crivela, também bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, no Ministério da Pesca e a autoridade da chamada “bancada evangélica” no Câmara dos Deputados são dois dos mais recentes exemplos. Quem se impressiona não reconhece o que isso representa para um a cada cinco brasileiros, o número dos que professam a fé evangélica ou pentecostal no Brasil. Segundo a análise feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a partir dos microdados da Pesquisa de Orçamento Familiar 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a soma de evangélicos pentecostais e outras denominações evangélicas alcança 20,23% da população brasileira. Outros indicadores sustentam que em 1890 eles representavam 1% da população nacional; em 1960, 4,02%. 
O crescimento dos evangélicos não é um milagre, é resultado de um trabalho incansável de aproximação do povo que tem sido negligenciado por décadas pelas classes mais progressistas brasileiras. Enquanto a esquerda, ainda na oposição política, entre a abertura democrática pós-ditadura e a vitória do primeiro governo popular no Brasil, apenas esbravejava, pastores e missionários evangélicos percorreram cada canto do país, instalaram-se nas regiões periféricas dos grandes centros urbanos, abriram suas portas para os rejeitados e ofereceram, em muitos momentos, não apenas o conforto espiritual, mas soluções materiais para as agruras do presente, por meio de uma rede comunitária de colaboração e apoio. O que teve fome e dificuldade, o desempregado, o doente, o sem-teto: todos eles, de alguma forma, encontraram conforto e solução por meio dos irmãos na fé. Enquanto isso, a esquerda tinha uma linda (e legítima) obsessão: “Fora ALCA!”.
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O crescimento dos evangélicos não é um milagre,
é resultado de um trabalho incansável
de aproximação com o povo


Desde Lutero, a fé como um ato de resistência (Life of Martin Luther and and the Heros of Reformation, litografia, 1874)
O mapa da religiosidade no Brasil revela nossa incompetência social: os evangélicos e pentecostais são mais numerosos entre mulheres (22,11% delas; homens, 18,25%), pretos, pardos e indígenas (24,86%, 20,85% e 23,84%, respectivamente), entre os menos instruídos (sem instrução ou até três anos de escolaridade: 19,80%; entre quatro e sete anos de instrução: 20,89% e de oito a onze anos: 21,71%) e na região norte do país, onde 26,13% da população declara-se evangélica ou pentecostal. O Acre, esse Estado que muitos acham que não existe, blague infantilmente repetida até mesmo por esclarecidos militantes de esquerda, tem 36,64% de evangélicos e pentecostais. É o Estado mais evangélico do país. Simples: a igreja falou aos corações e mentes daqueles com os quais a esquerda nunca verdadeiramente se importou, a não ser em suas dialéticas discussões revolucionárias de gabinete, universidade e assembleia.
Aqui o autor reconhece aquilo que eu sempre digo: de pobre a esquerda quer distância! E isso nos faz lembrar de outra estratégia típica de esquerda, o self-selling (Para entender melhor, leia: http://lucianoayan.com/2010/07/14/tecnica-self-selling-pessoal-e-comparativo/). Eles arrogam para si a defesa dos pobres, a justiça social, a tolerância, etc., mas na prática nada querem com os pobres, a justiça social e a tolerância; tudo não passa de artifícios para implantar o seu projeto político. Daí a necessidade de estarmos constantemente alerta quanto às alegações que determinados grupos e indivíduos fazem sobre si mesmos. Tais alegações devem ser encaradas com profundo ceticismo. Se um grupo diz que defende a tolerância ou a justiça social, devemos é averiguar criticamente se suas ações de fato são coerentes com ações tolerantes e socialmente justas. Constantemente, não o são. Vide, por exemplo, o caso da garota de 14 anos que foi ameaçada de morte por homossexuais por ter tido a “audácia” de defender o casamento tradicional (http://ohomossexualismo.blogspot.com/2012/02/crianca-de-14-anos-recebe-ameacas-de.html); ou do ateu que queria impedir que uma colega de classe orasse agradecendo a Deus em sua formatura sob a estapafúrdia alegação de que isso lhe traria danos irreparáveis (http://teismo.net/quebrandoneoateismo/2011/06/16/guerra-poltica-entre-religiosos-e-anti-religiosos-aps-veto-estudante-do-texas-reza-na-formatura/).
Enquanto exaltam Cuba, a União Soviética e a Coreia do Norte, nações de políticas notadamente esquerdistas; criticam os EUA, a Inglaterra e a Coreia do Sul, nações capitalistas. Na prática o que vemos é o pobre fugindo de barco de Cuba para os EUA, da União Soviética para a Inglaterra, da Coreia do Norte para a Coreia do Sul e da parte oriental do Muro de Berlim para a parte ocidental. Por que será que isso acontece? Winston Churchill já disse há muito tempo: “Enquanto o capitalismo distribui de modo desigual a riqueza, o comunismo distribui de modo igual... a miséria”!. Os fatos o provam.
O projeto de poder evangélico não é fortuito. Ele não nasceu com o governo Dilma Rousseff. Ele não é resultado de um afrouxamento ideológico do PT e nem significa, supõe-se, adesão religiosa dos quadros partidários. Ele é fruto de uma condição evangélica do país e de uma sistemática ação pela conquista do poder por vias democráticas, capitalizada por uma rede de colaboração financeira de ofertas e dízimos. Só não parece legítimo a quem está do lado de fora da igreja, porque, para cada um dos evangélicos e pentecostais, estar no poder é um direito. Eles não chegaram ao Congresso Nacional e, mais recentemente, ao Poder Executivo nacional por meio de um golpe. Se, por um lado, é lamentável que o uso da máquina governamental pode produzir intolerância e mistificação, por outro, acostumemo-nos, a presença deles ali faz parte da democracia. As mesmas regras políticas que permitiram um operário, retirante nordestino e sindicalista chegar ao poder são as que garantem nas vitória e posse de figuras conhecidas das igrejas evangélicas a câmaras de vereadores, prefeituras, governos de Estado, assembleias legislativas e Congresso Nacional. O lema “un homme, une voix” (“um homem, uma voz”) do revolucionário socialista L.A. Blanqui (1805-1881), “O Encarcerado”, tem disso.
Afora a legitimidade política – o método democrático e a representação popular não nos deixam mentir – a esquerda não conhece os evangélicos. A esquerda não frequentou as igrejas, a não ser nos indefectíveis cultos preparados como palanques para nossos candidatos demonstrarem respeito e apreço pelas denominações evangélicas em época de campanha, em troca de apoio dos crentes e de algumas imagens para a TV. A esquerda nunca dialogou com os evangélicos, nunca lhes apresentou seus planos, nunca lhes explicou sequer o valor que o Estado Laico tem, inclusive como garantia que poderão continuar assim, evangélicos ou como queiram, até o fim dos tempos. E agora muitos militantes, indignados com a presença deles no poder, os rechaçam com violência, como se isso resolvesse o problema fundamental que representam.
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A esquerda nunca dialogou com os evangélicos,
nunca lhes apresentou seus planos,
nunca lhes explicou sequer o valor do Estado Laico

George Whitefield (1714-1770) pregando nas colônias britânicas
 Apenas quem foi evangélico sabe que a experiência da igreja não é puramente espiritual. E é nesse ponto que erramos como esquerda. A experiência da igreja envolve uma dimensão de resistência que é, de alguma forma, também política. O “não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito” (Paulo para os Romanos, capítulo 12, versículo 2) é uma palavra de ordem poderosa e, por que não, revolucionária, ainda que utilizada a partir de um ponto de vista conservador.
Que conflito haveria entre a esquerda e a religião evangélica? Não se trata aqui de política e religião, coisas distintas? Eis aqui mais um indício de que a esquerda política é uma religião! Caso não fosse, não haveria conflito. O problema é que eles também têm uma cosmovisão, um conjunto de valores, de moral, têm doutrinas, etc, além disso, manifestam um dogmatismo, intolerância e fundamentalismo que faz inveja ao mais xiita dos muçulmanos. E isso é suficiente para caracterizá-los como religiosos ainda que digam que não o são. O teólogo Guilherme de Carvalho explicou isso brilhantemente aqui: http://ultimato.com.br/sites/guilhermedecarvalho/2012/02/14/todo-mundo-e-crente/
Podemos ainda identificar uma outra estratégica de self-selling no trecho acima: a suposta defesa do Estado Laico. Paira no ar a insinuação de que os evangélicos não sabem o que é laicismo e, pior, propõe um Estado religioso, o que é absurdamente falso. Não há tentativa alguma de qualquer grupo evangélico de suprimir a liberdade religiosa alheia e impor um Estado Evangélico; há, todavia, o pleito evangélico pelo direito de levar suas demandas à esfera pública. O que, ainda que tenha origem em sua fé, não é feito com base na fé somente, mas sim na argumentação em defesa de seus valores. Isso em nada fere a laicidade do Estado. Agora, há sim a constante tentativa de ateus de excluírem a opinião religiosa do debate público como pode ser visto anos seguintes links:

1) Antropóloga diz que evangélicos na TV poem em risco a liberdade de crença
Não conheço evangélico algum que proponha coisas similares.
Em nenhuma organização política o homem comum terá protagonismo tão rápido quanto em uma igreja evangélica. O poder que se manifesta pela fé, a partir da suposta salvação da alma com o ato simples de “aceitar Jesus no coração como senhor e salvador”, segundo a expressão amplamente utilizada nos apelos de conversão, transforma o homem comum, que duas horas antes entrou pela porta da igreja imundo, em um irmão na fé, semelhante a todos os outros da congregação. Instantaneamente ele está apto a falar: dá-se o testemunho, relata-se a alegria e a emoção do resgate pago por Jesus na cruz. Entre os que estão sob Cristo, e são batizados por imersão, e recebem o ensino da palavra, e congregam da fé, não há diferenciação. Basta um pouco de tempo, ele pode se candidatar a obreiro. Com um pouco mais, torna-se elegível a presbítero, a diácono, a liderança do grupo de jovens ou de mulheres, a professor da escola dominical. Que outra organização social brasileira tem a flexibilidade de aceitação do outro e a capacidade de empoderamento tal qual se vêem nas pequenas e médias igrejas brasileiras, de Rio Branco, das cidades-satélite de Brasília, do Pará, de Salvador, de Carapicuíba, em São Paulo, ou Santa Cruz, no Rio de Janeiro? Nenhuma.
Se esqueçam dos megacultos paulistanos televisionados a partir da Av. João Dias, na Universal, ou da São João, do missionário R.R. Soares. Aquilo é Broadway. Estamos falando destas e outras denominações espalhadas em todo o território nacional, pequenas igrejas improvisadas em antigos comércios – as portas de enrolar revelam a velha vocação de uma loja, um supermercado, uma farmácia – reuniões de gente pobre com sua melhor roupa, pastores disponíveis ao diálogo, festas de aniversário e celebrações onde cada um leva seu prato para dividir com os irmãos.  A menina que tem talento para ensinar, ensina. O irmão que tem uma van, presta serviços para o grupo (e recebe por isso). A mulher que trabalha como faxineira durante a semana é a diva gospel no culto de domingo à noite: canta e leva seus iguais ao júbilo espiritual com os hinos. A bíblia, palavra de ninguém menos que Deus, é lida, discutida, debatida. Milhares e milhares de evangélicos em todo o país foram alfabetizados nos programas de Educação de Jovens e Adultos (EJAs) para simplesmente “ler a palavra”, como dizem. Raríssimo o analfabeto que tenha sido fisgado pela vontade ler “O Capital”, infelizmente. As esquerdas menosprezaram a experiência gregária das igrejas e permaneceram, nos últimos 30 anos, encasteladas em seus debates áridos sobre uma revolução teórica que nunca alcançou o coração do homem comum. Os pastores grassaram. 
O texto, no geral, é bem escrito, além de demonstrar algum conhecimento sobre a realidade evangélica. Mas, como texto de esquerda que é, manifesta características e discursos típicos, com os quais eu não concordo.
A alegação de que a esquerda menosprezou a força evangélica ao longo dos últimos anos é parcialmente verdadeira. Ao passo que pode até ser verdade que a influência da esquerda sobre igrejas pentecostais pode não ser lá muito grande (o que é discutível), o mesmo não pode ser dito sobre as igrejas cristãs tradicionais (Anglicanas, Batistas, Católicas, Luteranas e Presbiterianas). O pensamento teológico brasileiro está imerso nas ideias da esquerda. Qualquer um que frequentou um seminário das referidas denominações sabe muito bem disso. As referências teológicas são profundamente esquerdistas: Gustavo Gutiérrez, Leonardo Boff, Milton Schwantes e muitos outros. Ademais, o apreço por Karl Marx, Gramsci, Slavoj Zizek e o desprezo pela teologia norte-americana (tachada de “imperialista”) é unânime e qualquer questionamento a essas unanimidades é mal visto. Experiência própria. O conservadorismo teológico é inexistente, além de rotulado pejorativamente de “fundamentalismo”; enquanto o progressismo teológico é visto sempre com bons olhos. Portanto, é seguro dizer que a esquerda domina a teologia brasileira, além, é claro, de dominar todas as outras disciplinas das ciências humanas (sociologia, filosofia, direito, etc.) Foi Antonio Gramsci, um dos grandes teóricos da esquerda que proferiu a seguinte sentença: “Não tomem quartéis, tomem escolas e universidades, não ataquem blindados, ataquem idéias.” A Ditadura Brasileira, enquanto reprimia a esquerda bélica, entregou a arena intelectual às esquerdas (as universidades, por exemplo). Deste então, as palavras de Gramsci têm sido seguidas à risca pelas esquerdas, o que é conhecido hoje como Estratégia Gramsciana, que nada mais é do que a escalada sutil e subversiva das esquerdas rumo á tomada de poder.
Ainda que tenhamos que ter a simplicidade de pombas, não podemos nos esquecer da prudência das serpentes (Mt 10.16). Há grupos que militam contra nós e nossos valores. O Ministro Gilberto Carvalho já alertou sobre a “ameaça” evangélica (veja aqui) e agora temos este texto, que faz o mesmo. Eles nos veem como inimigos. Temos de estar sempre com olhos bem abertos. 

Para entender melhor essas questões recomendo os seguintes textos:




1) A Pedagogia de Antonio Gramsci
2) Marxismo Cultural - Pe. Paulo Ricado (vídeos)



1 comentários:

Vitor Grando disse...

O artigo motivou um outro artigo de um escritor ainda mais esquerdista. Vejam:

http://www.amalgama.blog.br/03/2012/esquerda-evangelicos/

O artigo é mais uma prova de tudo que eu disse acima.

A esquerda representa a evolução, os evangélicos defendem a permanência de nosso subdesenvolvimento e atraso. Os evangélicos são ignorantes e fanáticos. Evangélico bom é somente evangélico progressista, leia-se evangélico de esquerda (há-há-há). A Teologia da Libertação (que é de esquerda), essa sim dialoga, essa é boa. Somos acusados de ditar as regras políticas para o restante da população (um desvario sem tamanho), além de sermos contra os direitos humanos (oh, como somos cruéis!), contra o Estado Laico, somos homofóbicos, a favor de um Estado Teocrático. Os evangélicos são um câncer. E os cânceres precisam ser erradicados. Não se trata de teoria da conspiração, é algo muito evidente: nossa liberdade de crença está em jogo.

 
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