Todo relacionamento passa por três fases distintas: idealização, frustração e, por fim, maturidade. Isso vale para amizades, namoro, relacionamento com Deus e... com a Igreja. Quando estamos dando nossos primeiros passos na fé, tudo é perfeito. A Igreja é o paraíso na terra. Mas essa fase de idealização infelizmente passa, e começamos a ver que a Igreja não é tão perfeita assim, pelo menos se apercebem disso aqueles que não estagnam, e seguem um processo de crescimento emocional, espiritual e intelectual normal e saudável. Já os que param no tempo dificilmente enfrentam esse tipo de problema, são aqueles que como disse Bertrand Russel: “Preferem morrer a pensar”. Mas à medida que amadurecemos e nos tornamos mais cientes da Santidade de Deus, vemos o quão distante do ideal a Igreja está. E ai bate a frustração. A reação a esse estágio varia de pessoa para pessoa, uns se afastam de Deus, outros mudam de igreja (comprando uma nova ilusão de que encontrarão uma igreja perfeita), e outros... estagnam. Sim, alguns param na fase de idealização, mas outros, param na frustração. Vivem de criticar a Igreja e criticar lideres espirituais por eventuais pecados ou desvios doutrinários. Jesus ao fundar a Igreja jamais esperou perfeição. Perfeição é algo que não veremos nesse mundo. A raça humana é decaída e depravada e isso é válido para você e eu. Da mesma forma que as pessoas que eu critico tem defeitos, eu também tenho – talvez até piores! O que não podemos fazer é estagnar na fase de frustração – quanto tempo eu parei nessa fase! – mas sim, partir para o próximo degrau: a maturidade. É nessa fase que aprendemos aceitar a Igreja e o próximo pela graça, assim como Deus nos aceita com todas nossas imperfeições. É a fase que ao invés de nos isolarmos e cultivarmos a frustração, nós nos envolvemos com nossa Igreja imperfeita para transformá-la. Uma fase em que paramos de pensar no que a Igreja pode fazer por nós, mas o que nós podemos fazer pela Igreja. Uma fase em que derrubamos nossos muros da arrogância e permitimos sermos tratados por pessoas tão pecadoras quanto nós, e ao invés de menosprezar os desvios dos outros, nós fazemos o possível para abrir seus olhos, não com uma atitude de superioridade, mas de forma humilde. A fase da maturidade é uma fase que eu estou encontrando agora, aceitar minha Igreja com todas suas imperfeições, sem esquecer que foi essa mesma Igreja imperfeita e cheia de gente imperfeita que tanto me beneficiou outrora. É a fase que ao nos depararmos com o erro nós dizemos: “Eu mudarei essa Igreja, pois tudo é possível àquele que crê!”. É fé na prática! Dietrich Bonhoeffer quando fez 14 anos, surpreendeu a família ao anunciar sua decisão de se tornar ministro do Evangelho e estudar teologia. Seus irmãos e irmãs criticaram essa decisão e disseram que a Igreja era uma instituição “pobre, fraca, monótona e pequeno-burguesa”.A resposta de Bonhoeffer? “Nesse caso, precisarei reformá-la”. O que você espera para reformar a sua Igreja? A Igreja precisa de consertos sim, mas esses consertos não serão corrigidos através de cristãos hipócritas e arrogantes que criticam ao invés de agir. A Igreja precisa de uma reforma, não só de credo mas também de obras. Amadureçam! Ensinem! Preguem! Pratiquem!
2 comentários:
Olá Vitor,
Estava passeando no blog e achei este texto que falou muito ao meu coração. Estou passando pela fase da frustação e não tem sido nada fácil.
Posso publicar este texto no meu blog?
Fico feliz em ajudá-lo!
Claro que pode usar o texto no seu blog ou aonde for desde que seja para edificar o próximo!
um abraço!
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