quinta-feira, 29 de maio de 2008

O Argumento Irrefutável



Apologética é uma ferramenta necessária e da qual a Igreja carece. Talvez nunca antes precisamos tanto de apologética. Os ataques são devastadores e vem de todos os lados, da filosofia, das ciências humanas, das ciências naturais e acabam por influenciar até mesmo a teologia. Uma das disciplinas fundamentais nessa atividade de defesa da fé é a filosofia que é, segundo Alvin Plantinga, “pensar bem sobre qualquer assunto”, e pensar bem envolve a formulação e crítica de argumentos, através dos quais persuadimos o descrente e refutamos as objeções direcionadas à nós. Ao longo da história muitos bons argumentos foram desenvolvidos por homens brilhantes como Agostinho, Tomás de Aquino e Anselmo de Cantuária. A validade da apologética é inquestionável, mas, ela não deveria ser tão necessária como é, porque a raiz de todas as perguntas que os críticos lançam contra nós é a falha da Igreja em se apresentar como a resposta ao mundo. Eles querem ver e não somente ouvir nossos argumentos por mais bem formulados que sejam. Todos nossos argumentos perdem seu poder de persuasão ao sermos confrontados com a realidade da Igreja. O que poderia ser nosso mais persuasivo argumento se torna mais uma pergunta à qual temos que responder. Eu tenho pensado sobre isso e, para mim, é claro que a apologética só se faz necessária devido à realidade em que nos encontramos, não é só uma questão de não termos uma prática alinhada como nossos discursos, vai além disso, a ignorância e a veneração aos pseudo-profetas também fala alto o suficiente para impedir que nossas palavras e argumentos sejam ouvidos. Refletindo nisso, tenho convicção de que boa parte dos nossos esforços apologéticos poderiam ser desviados para outros fins, se tão somente apresentássemos o testemunho adequado da Igreja de Cristo, perante isso toda boca se calaria , todo argumento se neutralizaria perante o único argumento irrefutável: O Poder da Igreja de Jesus, O Cristo, Filho do Deus Vivo.

9 comentários:

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

Caríssimo amigo Vítor,

mais uma vez você nos presenteia com um belo texto.

Mais do que bem escrito e de conteúdo extremamente relevante, ele tem um artifício interessante: através de sua humildade e sinceridade ao reconhecer o valor preponderante do argumento irrefutável sobre a apologética, você só reforça o valor desta.

Só posso lhe parabenizar!

Rogério

Hélio Pariz disse...

Nós plantamos as sementinhas, meu irmão, e o Senhor dá o crescimento conforme lhe aprouver... ah.. postei a sua tradução do Paul Vitz no forum.... tá dando o que falar... hehehe:

http://www.e-cristianismo.com/forum/viewtopic.php?f=12&t=3016

Abração!

Vitor Grando disse...

Hélio, passei os olhos no tópico.
É impressão minha ou os ateus não suportam levar um alfinetadazinha? O autor em nenhum momento é preconceituoso e ele afirma explicitamente que o argumento se aplica tanto aos ateus como teístas. A única intenção dele é desmascarar o preconceito que os psicólogos tem contra a crença religiosa e mostrar que assim como os crentes tem suas motivações psicológicas, os ateus também as têm. Me impressiona a arrogância dos ateus, isso só reforça a tese de que o ateísmo tem motivações psicológicas. Nenhuma pessoa arrogante tolera uma autoridade, não é diferente com a Autoridade Última.
Mas admito que não li direito o tópico, mas foi o que pareceu.
Abraço!

Hélio Pariz disse...

Oi, Vitão!

Pois é, merrrmão... eu também achei engraçado o fato dos ateus reagirem tão mal a este artigo, quando o próprio Paul Vitz deixa claro que apenas está usando contra os ateus os mesmos argumentos que eles usam contra os crentes, quando nos chamam de "iludidos" (a palavra inglesa "delusional" talvez seja mais abrangente). Quando Dawkins aplica a Deus a patologia "delírio" ("The God Delusion"), eles vibram, mas quando alguém aponta (e fundamenta) o argumento contrário, eles se irritam. Bem, pelo menos para alguns ateus deve ser difícil admitir que eles são tão humanos (e, por decorrência, carentes de Deus) como nós.

Abração!

Anônimo disse...

É isso aí Vitor.Tá bom.Neste mundo de corvadias intelectuais,a polémica foi deixa de lado.Apologia,Apologética,apólogo,etc,desde que tragamos cativos todos ao conhecimento de Cristo ou todo o conhecimento a Cristo.A defesa da fé,a defesa da verdade e da Verdade.Custa a solidão.
Quero te sugerir que vc leia as obras de dois autores,serve como uma excelente sobremesa intelectual cristã,toda a obra do Dr.Aníbal Pereira Reis,e todo o acervo do Dr Francis Schaeffer,continua atual.

Um imenso abarço

Vladímir Holand

Anônimo disse...

Vítor, paz.

Mais uma vez o irmão demonstra lucidez e atualidade quando o assunto são as rugas que enfeiam a Noiva.


Para tentar contribuir com a sua reflexão, veja o que disse o Rabi Yaacov ben Shimon

"O testemunho mais válido não é expresso por palavras, mas é aquele que irradia uma luz que dificilmente alguém pode apagar."

Abraços e parabéns!!!

Daniel Grubba disse...

é isso mesmo Vitor.
Agostinho já dizia que devemos pregar o evangelho em toda parte aonde formos e usar palavras só quando necessário.

Shallom

Anônimo disse...

Gostaria de citar dois livros que acabaram de sair: "A Verdade Sobre o Cristianismo" do analista político indo-americano conservador Dinesh D'Souza e "Deus Existe" do filósofo ex-ateu Antony Flew.

Osmar Neves, Padre Bernardo-GO, em 19/06/2008.

Vitor Grando disse...

O livro do Dinesh foi traduzido?
Qual é a editora?

 
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